sábado, 17 de maio de 2008

INTRODUÇÃO

Para você, meu amor:

Primeira noite da semana: embalada pelos ventos frios do final de julho. Dois muros se estendiam ao nosso redor. Um muro de palavras desconexas jogadas de qualquer forma, na tentativa urgente de conhecer o outro e criar qualquer espécie de vinco que o trouxesse pra perto – meu. O outro, formado de silêncios. Tijolos sem nenhum complemento – o seu. Aquele jeito aparentemente forçado que, futuramente, eu viria descobrir que era de fato o seu. Duas vidas entre muros; esses tais que, ao invés de abismos, criaram vínculos. Duas vidas misturadas...

Deixa eu te contar, então, que desde aquele dia, minha vida só tem sentido enquanto misturada na sua. Descobri, depois de um tempo, que você é minha epifania – “Miudinhas, quase pífias revelações de Deus, feito jóias encravadas no dia-a-dia”- e, por Deus, não há nada mais intenso que te descobrir diariamente e ter a certeza que não há nada mais concreto que esse sentimento.

As chuvas fortes já avisam que julho está chegando outra vez. Daqui pra lá, eu espero saber descrever com mais exatidão o que é ter seu pedaço de vida misturado à minha.



"Quando o tempo passasse um pouco mais, nos surpreendendo ainda juntos em outra
madrugada, minha cabeça repetiria tonta e lúcida: Éramos tão pálidos, e nos
queríamos tanto”.

Um comentário:

Unknown disse...

Owwn meu amor... eu adorei oq vc escreveu sobre nós dois!!
eu te amo muitoo amor, para todo o sempre! =@@