segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Curta constatação.

Hoje me perguntaram se as pessoas ao meu redor me faziam feliz. A resposta é simples: não fazem! Minha família não me faz feliz, meus amigos não fazem, os namorados nunca me fizeram.
Eu sou feliz por mim mesma. Eu me faço feliz todos os dias.
As pessoas ao meu redor apenas me garantem excelentes momentos. Ninguém precisa me fazer feliz. Eu já sou!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Acaba.

“O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar;”

Paulo Mendes campos escreveu essa imensa verdade. Duas imensas verdades. A primeira e inquestionável: o amor acaba. A segunda é esse contraste entre a beleza do início e a podridão do fim. Que abismo separa as particularidades desses dois momentos. Todos os floreios usados para se começar algo, faz com que para terminá-lo não reste uma pétala sequer. Falo isso pela experiência com dois relacionamentos relativamente longos que chegaram ao fim e pelo que vejo acontecer aos meus amigos. Que mania corrosiva de insistir tanto pra tudo! Acho que é da condição Brasileira. Antes achava que era da condição feminina, mas agora vejo que não é uma característica só nossa. Seria tão bom se a mesma cordialidade da conquista se mantivesse até a hora do fim... Mas não. Acaba-volta-acaba-volta-acaba-volta até só restar essa amargura toda. Uma coleção de ofensas começam a substituir as boas recordações. Telefonemas passam a ser absolutamente indesejáveis. Visitas? Nem pensar... É incrível a capacidade humana de gerar tanta hostilidade a troco de nada. Por que o comum acordo não é aceito logo de início? Gosto de você, mas não dá. Ponto.
Que coisa. O amor, na verdade, não precisaria acabar. Ele se molda aos nossos interesses sempre. Você ama desesperadoramente uma pessoa e, pouco tempo depois, só o fato do relacionamento se romper, o sentimento tem que imediatamente ser dissolvido junto? Ele não poderia simplesmente continuar coexistindo com uma grande amizade, carinho, admiração?
As pessoas costumam falar que o ódio é o sentimento oposto ao amor, mas também o mais próximo. De fato, só é possível sentir algo tão repulsivamente forte por alguém que já te atraiu de forma intensa. Mas o ódio não precisa ser a opção para aliviar o amor! Deixemos que ele se molde à novas possibilidades.

Essa hostilidade toda ainda me levará à loucura...

"Em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba."